Este é um texto antigo, de um ano ou mais, que ainda faltava ser publicado. Vamos lá!
Poderia agradecer e defender vários políticos por terem feito seu trabalho, especialmente por terem criado oportunidades para os que têm mais dificuldades.
Poderia manifestar tal apreço nas redes sociais. Mas, infelizmente, não costumo manifestar, publicamente, defesas e agradecimentos nem mesmo pelo trabalho de parentes e amigos que são trabalhadores como eu.
Diferentemente de político, não sou rico nem vivo a vida de marajá, cheia de privilégios e imunidades. Pelo contrário, trabalho "pra burro" e não vejo ninguém me agradecendo nem me defendendo nas rede sociais. Aliás, muitos cidadãos ainda me acusam de ser incompetente e preguiçoso pelo fato de eu ser pobre.
Porém, aqueles que costumam agradecer o padeiro, o gari ou o cobrador de ônibus, por exemplo, e agradecem políticos que fazem algo produtivo, talvez tenham alguma coerência neste ato, talvez.
Pode soar chato ficar repetindo isso, mas - ao menos teoricamente - políticos são servidores e o eleitor patrão (democracia - poder do povo, lembra ?)
Ora, é o político que deve agradecer diariamente o povo por ter sido eleito para enriquecer e nadar em privilégios. E, muitas vezes, são eleitos sem necessariamente mostrar capacidade para exercer a função hoje, vista por muitos ( para não dizer por todos) com profissão de carreira das melhores para ficar rico, e só.
"enquanto existir otário, malandro não morre de fome"
Pois digo que, enquanto houver, entre os cidadãos, bate-boca ideológico no lugar de busca por consenso, convívio e coexistência - o político profissional e de carreira vai nadar em privilégios e enriquecer, fingindo que trabalha para os eleitores e pro país em primeiro lugar. Ora, todo mundo trabalha por dinheiro nesta sociedade, todo mundo quer ganhar mais e trabalhar menos, o político não é diferente, ele - na verdade - é mais esperto que todo mundo nessa corrida por dinheiro.
Porém, ainda tem muita gente que defende partido e político, fervorosamente. Tudo bem, pode defender em relação a outro pior, mas é justamente isso que mantém o jogo da politicagem - onde um grande número de profissionais (aqueles que ganham dinheiro com política diretamente ou indiretamente) garantem seus ganhos a custa da discórdia entre cidadãos - ou seja: unir as pessoas ou formar um consenso não é bom para os negócios dos políticos.
Neste ponto, não posso deixar de negritar minha militância de jogo da velha e sugerir: #DemocraciaDireta.
Continuando...
Fanáticos e outras pessoas enganadas, costumam defender políticos e partidos em linha semelhante a que defendem times de futebol. Nem tanto por acharem que estão se beneficiando diretamente (no caso do futebol, os donos e sócios dos clubes) com a vitória de seus políticos, que lhes representarão - mas por também acharem que estão realmente participando da política do país - quando, na verdade, trata-se de politicagem barata.
Política de verdade seria algo semelhante ao que surgiu com as primeiras ideias de democracia lá em Atenas. Hoje nos livramos de responsabilidades ao passo que entregamos sonhos nas mãos de profissionais que visam enriquecimento próprio em primeiro lugar. Repito: podem - às vezes - produzir algo bom para sociedade, mas não em primeiro lugar.
Bom, ainda não será após as próximas eleições que iremos pegar nossos smartphones e votar, decidindo diretamente o que queremos como povo numa democracia; ou, no mínimo mostrando para nossos políticos, através dessa linha direta de contato via internet, o que queremos que eles façam; logicamente, após os devidos debates públicos.
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