Aparentemente, Neil Young queira dizer, em sua canção, que é melhor brilhar ardentemente do que persistir para se manter com todo brilho e acabar tendo um final decadente, caindo vagarosamente no esquecimento. Há quem pense de outra forma: É melhor desaparecer como um velho soldado que queimar, disse John Lennon quando foi questionado sobre o que achava da mensagem da canção de Neil Young
Em 1977 o Punk explodia, mesmo ano da morte de Élvis Presley, o velho Rock perdia espaço, Young e seus contemporâneos eram vistos, por alguns, como obsoletos. Pouco tempo depois desse sentimento acuado nasce o lamento acústico Hey Hey my my, que cativou a galera mais moderna e abrilhantou ainda mais a carreira do canadense. A canção mencionava também Johnny Rotten, um dos ícones do Punk, e sua carreira meteórica junto ao Sex Pistols. O fato é que a banda acabou antes de “se apagar aos poucos”. Johny Rotten (Johnny Podre) tratou logo de abandonar seu papel de Johnny Podre e formar outra banda respondendo apenas por seu nome verdadeiro John Lyndon. Como Rotten disse ao público no último show dos Sex Pistols ao som da canção No Fun (Não É Divertido) dos padrinhos do Punk, Iggy Pop e os Stooges: Por que caralho deveria continuar com isto? Alguma vez tiveram a sensação que lhes enganaram? Quanto ao "enganaram", podiam estar se referindo a eles mesmo. O fim da banda deixou a sensação de que Punk havia se transformado justamente no que havia proposto destruir na época.
Há quem ache que bandas devem durar no máximo até o terceiro ou quarto álbum. Há quem diga que um artista tem um tempo de vida útil criativa e que o resto é embromação. Há quem diga que os bons morrem jovem. Há quem leve a sério a maldição dos 27 anos. Todas essas linhas de pensamento, coincidência ou não, são bem intrigantes.
Há quem ache que bandas devem durar no máximo até o terceiro ou quarto álbum. Há quem diga que um artista tem um tempo de vida útil criativa e que o resto é embromação. Há quem diga que os bons morrem jovem. Há quem leve a sério a maldição dos 27 anos. Todas essas linhas de pensamento, coincidência ou não, são bem intrigantes.
Acontece que existe uma cobrança por parte do público, como se exercessem autoridade sobre a obra e a vida dos artistas, quando esperam que eles sejam os mesmos para sempre. Quando aparece um novo artista, esperam que ele seja como os de antes, dificultando assim a aparição do novo e a evolução da arte. Muitos artistas, até mesmo pra pagarem suas contas, se prendem a esta autoridade e acabam fazendo aquilo que o público deseja e não o que o que realmente brota da sua alma, indo contra seu individualismo e sua originalidade, mesmo porque, as pessoas envelhecem, conhecem outras coisas, têm pensamentos diferentes. Imagina um senhor de 80 anos, cantando Skat na veia pra uma galera adolescente! Talvez seria um pouco divertido, como um desafio, mas aposto que o suposto senhor gostaria de cantar outras coisas mais maduras.
Neil Young se referia ao verdadeiro espírito do Rock, como sendo um momento intenso, como uma legítima canção Punk. Em resumo, a canção Hey hey my my deixa a mensagem de que o Rock não pode morrer, e a imagem de todos os artistas na foto acima e no vídeo abaixo é uma homenagem a alguns dos que se foram depressa de mais. Porém, há mais pessoas, histórias e mistérios no cenário Rock do que podemos imaginar.
O Próprio Danny Whitten, amigo e companheiro de Neil Young com a banda Crazy Horse, ficou de fora da imagem acima. Provavelmente, Young ficaria feliz de ve-lo aqui.
Não que tenhamos que adorar aos mortos e o passado, mas sim aprender com os erros, absorver o que de bom foi feito, somar ao agora, armazenando energia criativa para um novo futuro, tanto para quem é artista quanto para quem é público, pois, à medida que o público conhece sobre arte, tende a aprecia-la ainda mais.
"Mas não tente se matar, pelo menos essa noite não"
viver é diferente de estar vivo....
ResponderExcluirBoas palavras, Diego. Agradeço o comentário.
ExcluirConcerteza,as vezes estamos mortos por dentro e ainda respiramos...
Excluir