23 abril 2016

Dividir Para Conquistar



O monumento da intolerância, construído no canteiro central da esplanada dos ministérios, sob o argumento de preservar a segurança e a boa ordem (argumento que teria sido usado em diversos muros separatistas pelo mundo) passa uma imagem de divisão entre Esquerda e Direita política - expressão extraída da Revolução Francesa (partidários do Rei à Direita e simpatizantes da revolução à Esquerda).

É uma visão útil para uma análise inicial sobre  política, mas nunca suficiente.

Uma divisão um pouco melhor seria Progressistas e Conservadores, pois seria mais abrangente, incluindo também o Rei. 

Uma interpretação possível seria: o Rei, sempre intocável, observava a discórdia de dois grupos - súditos e bobos. A antiga Esquerda se revoltava diretamente contra quem a oprimia - o Rei; mas agora tinha o grupo de Direita em seu caminho.

Enquanto isso, a antiga Direita se defrontava com a Esquerda. E, o Rei, o grande opressor, permanecia intocável.

Portanto, não foi a Esquerda quem teria semeado a separação do povo; nem mesmo o grupo da Direita, mas alguém em meio aos conservadores, porém acima de todos, e que se beneficiaria com o separatismo, o Rei!

Aí vem a pergunta: quem seria o nosso "Rei" atual ? Não seria a Corporocracia ? (Grandes empresas, banqueiros... que ditam regras à sociedade; controlam tudo, a economia, a mídia, a política e próprio Estado, ou com ele age em parceria ? )

Neste momento, enquanto a gente brinca de acabar com a corrupção do vizinho, o "Rei" age contra nós, zomba e prepara mais uma.

Um bom exemplo, no momento, é a piora na distribuição de internet, que tende a ficar, no mínimo, mais cara e possivelmente limitada.


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