06 maio 2013

Deus Existe?

Eis a questão. Se eu disser que sim,   talvez não consiga provar. O não, pode ser mais provável, mas tudo depende do que se entende como Deus. Normalmente imaginamos Deus pela influência Judaico-Cristã, porém, a palavra Deus é bem mais antiga e possui outras definições. A partir da definição que damos a algo, podemos dizer se algo existe ou não.

Talvez seja mais fácil acreditar na ideia positiva que gira em torno da ideia que normalmente se tem de um Deus do bem do que ,propriamente, em Deus como um conjunto de conceitos que normalmente atribuem a ele. Existe uma parte negativa em acreditar em Deus? Há quem diga.


Em sentido amplo, um princípio que origina e que dá sentido a toda materialidade, existe. Chame-a de Acaso, Natureza, Bóson de Higgs, Buraco negro, Big Bang ou Deus. Em algum momento na história, alguns homens passaram a cultuar essas forças naturais e até então incompreensíveis, buscando explicar seus significados e propósitos, logo surgiram as primeiras religiões, cada qual com suas próprias interpretações e classificações de como seria o que vieram a chamar de Deus, o qual jamais pôde ser comprovado com clareza. No entanto, mesmo desconsiderando as possibilidades da existência de Deus,  acreditar nele de alguma forma tem, no momento, sido vantajoso para a sociedade. Um bom exemplo disso é a psicologia  usada na maioria das casas de recuperação de toxicômanos.

De fato, o que há de unanimemente moral e justo no mundo, como também os efeitos da fé cientificamente comprovados, podem ser cultivados independentemente de crenças religiosas.
Por outro lado, devemos considerar que, com mais acesso a informação, as pessoas são menos condicionadas e mais livres para acreditarem no que quiserem. É prudente colocar na balança o que é útil ou não pra cada um e nuca generalizar as coisas quando o que se espera é conviver da melhor forma possível diante de tamanha complexidade humana, pois como diria o poeta: "viver é plural". Embora algumas pessoas precisem de religiões, não podemos negar que religiões às vezes podem causar algum malefício também. Uma religião pode ter fundamentos inconcretos, mas, ao mesmo tempo prestar inúmeros serviços sociais. Ou pode ser bem fundamentada, mas, ao mesmo tempo enganar seus fieis a fim de controla-los para extrair dinheiro. Seguir tais religiões pode ser prejudicial em algum grau, porém,  cultuar outras coisas como drogas, ou o consumismo pode ser mais prejudicial ainda. É necessário que prevaleça os pontos positivos. Portanto, ao menos na atualidade, a maior parte das religiões e igrejas, ao menos no Brasil, trazem benefícios.


Há quem diga que Deus é amor, sendo assim, talvez tenha mais Deus, um ateísta que tenha amor no coração do que um fiel teísta sem amor nenhum. Então, a contestação dos ateístas seria uma nobre qualidade num mundo de exploração de seres humanos por seres humanos.
Particularmente
, tenho sempre em mente muito da  filosofia de  Jesus  Cristo. Um do motivos, obviamente, é minha origem, mas independente de sua história ser  em  parte figurativa ou não, o mais importante são as mensagens que podemos colocar em prática para melhorar o  nosso  convívio. Entretanto, outras  religiões   também   possuem  boas  e semelhantes  mensagens que  podemos  utilizar independentemente de crermos ou não em um Deus.

Talvez Deus esteja acima do que muitas vezes algumas religiões o colocam. Ao mesmo tempo, talvez seja arriscado criticar insistentemente pessoas com suas crenças. Não por temer a Deus,  mas por temer energias negativas que podem, até mesmo, se manifestarem de forma concreta.

Considerando que Deus poderia se manifestar como amor ou ser o próprio amor,  o mau olhado das pessoas seria o próprio Capeta.


Por fim,
 independente de Deus ou o Diabo comumente entendidos, existirem ou não, eu me preocuparia com o pensamento dos que acreditam neles. Creio que, na prática,  estes pensamentos sim, carregados de forças emotivas, são capazes de construírem ou destruírem as coisas na Terra, desta forma, me conforto em acreditar em Deus da minha maneira.

2 comentários:

  1. Rodrigo, bom desenvolvimento na argumentação de idéias, todavia gostaria de referir-me à ideia que acreditar em Deus seja "vantajoso para a sociedade". A questão é que somos desde a mais tenra idade submetidos a acreditar em Deus, da mesma maneira que nos é imposto a gostar de tapioca, para os nordestinos, piqui, para os goianos ou chimarrão quando falamos dos gaúchos. Ou seja, se resume à cultura em que nascemos. Somos impulsionados a repassar para Deus todo e qualquer problema não solucionado, porém sou ateu e tenho tanto problema quanto qualquer outra pessoa, mas de maneira alguma me sinto mais infeliz e mais solitário por não ter a "quem pedir ajuda", pelo contrário isto me força a ser mais forte para encontrar a solução para o que há solução e conformar para o que não há solução, a exemplo da morte. No fim, acredito que todos somos responsáveis pelos nossos atos, errados ou certos e, definitivamente, não precisamos de Deus para preencher um lugar que nosso antepassados criarão para ele. Sim, podemos vencer desafios sem apelar para o sobrenatural, as dificuldades, pode apostar, são as mesmas para quem crer ou não em Deus.
    Hildebrando Ribeiro

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  2. Grande Hildebrando, suas palavras são esclarecedoras e enriquecem nosso conhecimento para evoluir no assunto. Trabalhando com a ideia de que Deus normalmente colocado pelas religiões foi realmente inventado, certamente poderíamos viver sem essa invenção. Mas mudar a cabeça das pessoas talvez ficaria mais difícil e duraria muito tempo. Então, já que esta ideia está entranha no mundo, porque não aproveita La, mesmo que seja paliativamente? Como no caso dos drogados em casas de recuperação e, outras pessoas sem rumo. Penso que religiões são prejudiciais, mas existem coisas muito mais prejudiciais. Em relação ao sobrenatural, se a força do pensamento se encaixar nesse termo, então acredito em coisas sobrenaturais.

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