24 maio 2016

O Problema Do Modelo Mental Polarizado Na Conjuntura Política




- diagnosticou recentemente a filósofa, poetisa, psicóloga e psicanalista Viviane Mosé. Convincentemente, uma análise bastante certeira para a questão do debate político atual no Brasil. Podemos notar, também, pesamentos paralelos entre pensdores diferentes - o que reforça o diagnóstico. Entre eles, alguns são rotulados tando de um lado quanto do outro destes polos - esquerda e direita -  que são limitações úteis, mas nuca suficiêntes.

A guerra ideológica- esquerda e direita - dificulta uma análise "além do bem e do mal" o que faz lembrar Nietzsche e seu estudo sobre a moral e a verdade.

Mas não é preciso ir tão fundo ainda; o próprio Olavo de Carvalho comentou, dentre outras coisas, sobre esses rótulos recentemente em seu artigo: O QUE ESTOU FAZENDO AQUI - onde argumenta que não é ideóloga de direita, mesmo sendo descrito como ultradireitista por alguns de seus fiéis seguidores. Olavo até confronta seus discípulos. Para Olavo, não há ideologia salvadora.

Desprende-se que, enxergar aos olhos de uma única ideologia, além de falta de empatia, seria falta de inteligência, ou seja: falta de consciência. É preciso transcender esta polarização esquerda / direita que torna miserável o debate político. Essa inútil briga, carregada de "eu estou ceto e você está errado" seria o problema inicial que impossilita um verdadeiro debate, que poderia gerar soluções. Gerra ideológica não é debate político! 


DIVIDIR PARA CONQUISTAR
E, desta forma, nos polarizando assim; não estaríamos caindo no jogo daqueles que nos dominam vendendo, eternamente, possíveis soluções para nosso conflitos ? Se bem que não é de hoje que isso acontece, não é?

A propósito, as redes sociais, espaços que poderiam ser usados para debates e troca de informações, não é de hoje que anda tomada por TROLLS E HATERS, como bem expresso em matéria da Revista superinteressante: O TERRÍVEL MUNDO DOS COMENTÁRIOS NA INTERNET

Os dois grupos rivais básicos se dividem em: de um lado - há quem pense que é tudo perseguição ao pobre. Do outro, há quem fantasie a imposição de uma ditadura Comunista - gente que prefere criar uma teoria da conspiração à reconhecer um bom feito vindo de grupos que se inspiram no socialismo.

O modelo mental polarizado já foi criticado por vários outros pensadores, dos quais posso citar alguns.
 

O físico, astrônomo e professor Marcelo Gleiser toca neste assunto em seu livro A DANÇA DO UNIVERSO, quando alerta para o problema da limitação da imaginação polarizada e a dificuldade para entender o Universo.

Um pensamento atribuído a Aristóteles defende que o meio-termo é virtude e perfeição entre dois extremos - como vemos, uma fuga da polaridade.

Clarion de Laffalot  fez um ótimo vídeo em A METÁFORA DA CAIXA DE BOMBONS - Você não precisa abraçar pacotes fechados de ideologias só por gostar de um ponto de determinada ideologia, nem deve.

O próprio youtuber, Pirula, buscou informar sobre A MALDIÇÃO DA MENTE DESCONTÍNUA, sobretudo, em seu vídeo sobre HOMOSSEXUALIDADE.  Se as pessoas são acostumadas a compreender o mundo limitadamente, como, por exemplo,  macho e fêmea - fica difícil tolerar algo que esteja fora dessa limitação. Não teria lugar par um gay numa consciência que foi construída para entender somente macho e fêmea.

E quem tenta buscar uma certa imparcialidade, como o ex classe média, ex morador de rua e agora blogueiro e palestrante - Eduardo Marinho - é pressionado para se posicionar em um dos lados na atual conjuntura política.

Bom! Este blog busca um tanto se pautar pelo relativismo e o caminho do meio. E assim passa a seguinte mensagem: Não se prenda a definições, tudo é contexto !



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2 comentários:

  1. Eh cara eu te entendo mas muitas pessoas não. Deve ser um problema basicamente intelectual. Lembro que quando comecei a me intelectualizar eu tinha uma grande tendência às idéias extremas, justamente por isso por que eu sabia pouco e por achar que eu devia comprar a caixa inteira e que isso seria intelectual. Além disso também tem a minha teoria pessoal sobre esse assunto (uma delas), a de que há muitos aspectos psicológicos por trás de tudo isso, além dos vícios intelectuais que citei, acredito que boa parte das idéias extremas servem para mascarar preconceitos e além disso existem aspectos narcisicos, vaidades, busca por destaque e status. É Preciso se auto conhecer e sobretudo se aceitar.

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