Escolher o ramo que se pretende estudar em profundidade, ainda no ensino médio, seria um avanço; poder escolher algo é um avanço. Mas para que haja uma verdadeira escolha seria preciso, antes, conhecer bem as opções, não acha?
Porém, se alguém decide - alegando democracia - que tem o direito de não querer conhecer tantas opções - estaríamos diante de um pré-conceito. Esse alguém - além de não possuírem capacidade de fazer uma escolha com qualidade, não teriam o direito de, por exemplo, criticar a escolha daqueles que conheceram, às vezes com detalhe, um número maior de opções.
Vamos fazer um paralelo com a música. Se fizéssemos uma pesquisa pra saber quais as melhores canções e cantores da música brasileira de todos os tempos poderíamos ter entre os mais votados nomes do Funk, do Rap, do Sertanejo Universitário, uma banda de rock infantojuvenil ou uma uma dançarina gostosa.
Casos similares já ocorreram quando NXZero e Restart venceram Skank e Titãs na disputa pelo melhor grupo musical na 17ª edição do Prêmio Multishow De Música Brasileira. Ou quando Michel Telô ficou na frente de artistas como Tom Jobim e Chico Buarque na disputa do posto de Maior Brasileiro De Todos Os Tempos, programa exibido pelo SBT em 2012 - o que, provavelmente, desmotivou a exibição de um outro programa com as melhores músicas de todos os tempos. Não é que sejam artistas ruins e canções ruís vencendo as boas. É que os eleitores votam a partir do gosto musical e quase sem nenhum argumento técnico, racional e artístico. E o gosto musical muitas vezes acaba sendo formado por terceiros - pela mídia empresarial e, digamos - jabazista.
Um país que tem Cartola, Tom Jobim e Luíz Gonzaga ou Jorge Ben Jor mereceria uma análise mais especializada.
Bom, mas o que a massa populacional decide está correto e valendo, pois estaria votando de acordo com aquilo que conhecem. No entanto, Rock não é exatamente música brasileira; e rappers não costumam comparar-se com cantores, pois, no fundo, não cantam, apenas falam em rima.
Logo, conhecendo melhor sobre aquilo que se pretende escolher evita que se tenha uma escolha formada pela mídia empresarial que visa controlar as pessoas por servir e pertencer a classe dominante.
Um sistema de ensino robótico não tem a intenção de fazer um cidadão comum, especialmente o pobre, tornar-se um poderoso e até superior àqueles que hoje os dominam.
Bom, mas o que a massa populacional decide está correto e valendo, pois estaria votando de acordo com aquilo que conhecem. No entanto, Rock não é exatamente música brasileira; e rappers não costumam comparar-se com cantores, pois, no fundo, não cantam, apenas falam em rima.
Logo, conhecendo melhor sobre aquilo que se pretende escolher evita que se tenha uma escolha formada pela mídia empresarial que visa controlar as pessoas por servir e pertencer a classe dominante.
Um sistema de ensino robótico não tem a intenção de fazer um cidadão comum, especialmente o pobre, tornar-se um poderoso e até superior àqueles que hoje os dominam.
Há, também, uma certa valorização implantada no senso comum de que algumas profissões são melhores que outras porque dão dinheiro (aquela coisa da cultura ditando que "TER é mais portante que SER) Todas elas visam a posse material daqueles que prestam o serviço é daqueles que os administram (governam)
Mas aí se esquecem da importância de cuidarem do convívio humano. Competimos uns com os outros visando vencermos o próximo e não superarmos a nós mesmos. Ao passo que há outras profissões e estudos que poderiam valorizar, também, o convívio humano, mas que "infelizmente" pagam pouco.
Mas aí se esquecem da importância de cuidarem do convívio humano. Competimos uns com os outros visando vencermos o próximo e não superarmos a nós mesmos. Ao passo que há outras profissões e estudos que poderiam valorizar, também, o convívio humano, mas que "infelizmente" pagam pouco.
A maior crise humana é a falta de do bom convívio e não a falta de produção.
Uma das carreiras desvalorizadas é a velha Filosofia - raiz de todos os demais ramos. A forma como foi ensinada nos colégios nos últimos tempos pode não ter despertado tão bem o interesse de muitos alunos. Além do mais, desenvolver o pensamento crítico das massas estudantes e do povo seria perigosíssimo para aqueles que os dominam.
Portanto, produzir cada vez mais e melhor é bastante necessário, desde que tenhamos a consciência de que a economia não pode crescer infinitamente a base da extração de recursos naturais finitos.
Porém, aprender sobre filosofia, educação emocional, educação financeira, literatura, educação física, alimentar e ambiental...e tudo aquilo que nos torna menos escravos deste sistema predatório - é vital.
Educação Proibida
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