07 novembro 2013

Inteligente É Quem Tem Dinheiro

Sabemos que existem vários tipos de inteligências, sabedorias, espertezas, mentalidades e que a quantidade de QI não implica necessariamente no sucesso ou na quantidade de dinheiro que se conquista. Uma pessoa sem muito estudo pode ser bem sucedida, basta ter algum talento e se dedicar com todo esforço possível que um dia consegue. Sorte ou destino também influem, não acha? Pesquisas revelaram que aspectos sociais e culturais, como o local e até a data de nascimento de uma pessoa podem ser bem mais determinantes para o sucesso do que se imagina. Um bom exemplo disso são os jovens que estavam começando suas carreiras no Vale do Silício no momento em que a onda dos computadores começava, dentre eles, Steve Jobs e Bill Gates. Eles não seriam nada sem seus talentos, mas, talento com outros fatores os tornaram foras de série.

Uma boa oportunidade faz muita diferença. Oportunidades são portas para o sucesso. Quem pode abrir essas portas normalmente vai convidar pessoas próximas, parentes, e assim caminha a humanidade. Mas, se você for realmente bom, um dia você consegue criar sua própria oportunidade, pena que talvez possa ser tarde e você não esteja mais tão  jovem para aproveitar bem suas conquistas. Mas é preciso insistir na entrada, outra forma de chegar no sucesso é mera sorte.

Até mesmo grandes artistas inteligentíssimos em suas artes às vezes tardam em serem reconhecidos. Isso ocorre por vários motivos, desde a manipulação da cultura pela mídia até a falta de atitude em algum momento, ou simplesmente falta de sorte. Veja o exemplo do grande Gênio da música, Cartola, que enfrentou dificuldades uma vida inteira, conhecendo o sucesso apenas no final da vida. Outro fato curioso é que se o sujeito não se importa tanto com o dinheiro, ele é visto como um burro, um doido, como no caso do matemático russo Grigory Perelman que, em 2003, dispensou o prêmio de um milhão de dólares, que receberia após ter resolvido o teorema de Poincaré, proposto por Henri Poincaré há mais de cem anos. Como diria Einstein, não podemos julgar um peixe pela sua capacidade de subir em árvores.

É triste concluir que, para o nosso modo de vida totalmente dependente do dinheiro, de nada vale uma inteligência se ela não tráz bons resultados econômicos. Aliás, o dinheiro talvez seja a coisa mais importante para se viver, pelo menos a maioria de nós passa a vida correndo atrás dele. Ora, não precisamos dele pra tudo ? O dinheiro talvez seja, na prática do dia a dia, mais importante que Deus, enquanto muitos apontam Deus como o mais importante. Porém, isso é para os que dizem acreditar em Deus, mas isso é outro assunto, voltemos à inteligência. Há quem diga que tal governo roubou, mas fez. Quem disse isso, pode ser tudo menos um Cristão. O verdadeiro cristão deve morrer sem nada, se for o caso, mas morrer honestamente, como Cristo morreu.

Os piores burros são os burros emocionais. Em geral são eles quem compram os lenços daquela frase: Enquanto uns choram, outros vendem lenços. O vendedor é o inteligente emocional.

Não precisamos nos envergonhar: Se um dos significados do nosso modo de vida é ser bom no que faz, ou seja, crescer profissional e economicamente naquilo que se escolhe fazer e assim viver com qualidade, satisfazendo o máximo das suas necessidades de consumo e que, de preferência todos notem. Porém, mesmo que suas ideias sejam boas, mas ainda assim não as consiga colocar em prática ganhando assim um bom dinheiro, não há porque não admitir, nesse sentido, ser pouco competente. Ou você acha que podemos envelhecer sendo bons apenas na teoria? Particularmente, creio que uma vitória tardia é um prêmio de consolação.

Quem trabalha muito e ganha pouco geralmente tem o sonho de trabalhar num bom cargo público, ou seja, passar num grande concurso público. Então, imagina que todos nessas condições têm esse sonho também, afinal, investir tempo precioso no estudo de uma constituição tão justa e respeitada e tantas outras leis, raciocínios e estratégias de mercado para trabalhar em um ambiente tomado pela boa política brasileira, exercendo um serviço público sempre honesto e eficiente é entusiasmante, graças a descomprometida estabilidade e a boa remuneração do cargo sonhado.

O próprio Carlos Drummond de Andrade teve a honra de trabalhar pro Estado, onde se aposentou num bom cargo. Só não foi mais longe porque o que gostava mesmo era fazer poesia.


Referências: Fora de Série - (Malcolm Gladwell)

Música do dia: A Canção Que Chegou- (Cartola)

"A inteligência é quase inútil para quem não tem outras qualidades"- Alexis Carrel

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